O Centro de Estudos de Linguística Geral e Aplicada (CELGA-ILTEC) da Universidade de Coimbra, o Departamento de Espanhol, Português e Estudos Latino-americanos do King’s College London (KCL) e o Instituto de Letras da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) têm a satisfação de anunciar a realização do III SINEPLA – III Simpósio Internacional sobre o Ensino de Português como Língua Adicional, a ser realizado na Universidade de Coimbra, em Portugal, nos dias 24, 25 e 26 de junho de 2020. O evento terá por tema “Português língua pluricêntrica: das políticas às práticas” e será constituído por conferências, mesas-redondas, comunicações individuais e pósteres.
Português língua pluricêntrica: das políticas às práticas
O português é hoje língua (co)oficial de nove países que compõem a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Portugal, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste – e da Região Administrativa Especial de Macau. Em convivência com várias outras línguas nesses países e presente em diferentes esferas sociais e em níveis de proficiência diversos, o português pode ser caracterizado como uma língua pluricêntrica, usada em vários centros interatuantes e apresentando normas nacionais próprias em cada um desses contextos.
Assumir a dimensão pluricêntrica da língua portuguesa do ponto de vista político-diplomático e do ponto de vista técnico demanda reflexões críticas sobre a valorização de diferentes variedades linguísticas, da preferência por determinados repertórios linguísticos para a participação cidadã, local e global, e para a gestão de ações linguísticas e educacionais em âmbitos nacionais e internacionais. Abarcando contextos em que a língua é aprendida como segunda, estrangeira, de herança ou de acolhimento, o português é, na perspetiva do aprendente, uma língua que se adiciona ao repertório que já possui, possibilitando-lhe ampliar as oportunidades de participação em práticas sociais que acontecem nessa língua.
De acordo com o International Bureau of Education (IBE), instituto da UNESCO especializado em conteúdos, métodos e estruturas educacionais, a adoção do termo ‘língua adicional’, em vez de outros termos como ‘segundas línguas’ ou ‘línguas estrangeiras’, ocorre por várias razões:
[o]s estudantes podem na verdade estar aprendendo não uma segunda, mas uma terceira ou quarta língua. ‘Adicional’ se aplica a todas, exceto, claro, a primeira língua aprendida. Uma língua adicional, além disso, pode não ser estrangeira, já que muitas pessoas no seu país podem falar essa língua rotineiramente. O termo ‘estrangeiro’ pode, com efeito, sugerir estranho, exótico ou, talvez, alheio — todas essas conotações indesejáveis. Nossa escolha do termo ‘adicional’ sublinha o nosso entendimento de que línguas adicionais não são necessariamente inferiores ou superiores, nem substitutas para a primeira língua de um estudante. (ELLIOT et al, 2001, p. 6[1])
Com a criação do Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP, 1989) e, posteriormente, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP, 1996), a língua portuguesa foi definitivamente assumida pelos Estados de língua portuguesa como património comum, fator de congregação de vontades e destinos. A partir de 2010, ano em que foi firmado o Plano de Ação de Brasília, ao pluricentrismo aliou-se a vontade de adotar uma gestão supranacional das políticas para a língua portuguesa, partilhada por todos os Estados em igualdade de circunstâncias, da responsabilidade do IILP. Dois grandes projetos, entre outros, conformam esta nova consciência de pluricentrismo e gestão partilhada: o Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa (VOC – http://voc.cplp.org/) e o Portal do Professor de Português Língua Estrangeira (PPPLE – http://www.ppple.org/).
Num momento em que se avalia o crescente valor económico do português[2] e em que os decisores políticos consagraram o português como língua pluricêntrica, importa saber em que se consubstancia o pluricentrismo, o que ele significa para os seus falantes, que implicações traz para a investigação linguística e literária, para a formação de professores, para as práticas de ensino e para possíveis acordos entre sistemas de avaliação. Estes são debates centrais e estratégicos para a formação dos profissionais em língua portuguesa, e o III SINEPLA “Português língua pluricêntrica: das políticas às práticas” propicia uma oportunidade de convivência e troca de ideias para a reflexão sobre esses temas.
[1] ELLIOT, L.; JUDD, E. L.; TAN, L.; WALBERG, H. J. (2001) Teaching additional languages. Genebra: International Academy of Education/International Bureau of Education. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000125455, acesso em 17/10/2019.
[2] cf. RETO, L. (2012) Potencial económico da língua portuguesa. Disponível em: http://cvc.instituto-camoes.pt/area-conhecer-exposicoes-virtuais/potencial-economico-inicio-dp2.html#.Xam89tJKit9; Lusofonia – Indicadores socioeconómicos dos Países de Língua Portuguesa. Disponível em:
https://www.instituto-camoes.pt/sobre/publicacoes/outras-publicacoes/indicadores-socioeconomicos-dos-paises-de-lingua-portuguesa-2, acesso em 17/10/2019.
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